MOTE:

"Eu sou uma autêntica bomba abandonada! Temo explodir a qualquer momento..."
- Frase de um ex-combatente, anónimo.

Amigos

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

ELEGIA, do poeta moçambicano Nelson Saúte



A mãe beijou a pólvora
no sorriso morto do filho.
Despiu a capulana e cobriu-o.

E depois vestiu as lágrimas.

Nelson Saúte
in: "A Viagem Profana"

Imagem: google.com



2 comentários:

  1. Situação trágica, poema maravilhoso. Para isso servem os poetas.

    ResponderEliminar
  2. Belíssimo poema! Tão simples e tão intenso! A referência à pólvora faz arrepios. Muito obrigado por me ter dado a conhecer esta pequena joia.

    ResponderEliminar