MOTE:

"Eu sou uma autêntica bomba abandonada! Temo explodir a qualquer momento..."
- Frase de um ex-combatente, anónimo.

Amigos

PROSA & TESTEMUNHOS

"É bom que aqueles que viveram a guerra escrevam, falem e desabafem. Mas tenho para mim que a História correcta só se fará dentro de algum tempo, sobretudo quando aqueles que fizeram a guerra desaparecerem, depois de terem dado o seu testemunho, e que aconteça o mesmo àqueles que se opuseram à guerra. Nós vivemos há trinta, quarenta anos com a síndrome da Guerra Colonial: quem nos governa foi contra a guerra e, portanto, quem a fez é uma coisa para esquecer."

Tenente-Coronel Joaquim Chito Rodrigues, Presidente da Liga dos Combatentes
In: "NS - Notícias Sabádo" (suplemento do JN/DN) - n.º 264, 29/janeiro/2011

Comentários no Facebook:

Eduardo Roseira O que é conveniente é que não se volte a falar só daqui a cinquenta anos...é que ainda existem vivos que continuam a sofrer...
Dário Almeida Para as novas gerações, a guerra colonial é surreal. Não sabem porque e em que contexto aconteceu. Mas é verdade amigos mais novos... também tivemos o nosso Vietname!

Lourdes Dos Anjos É urgente que os jovens saibam que nesse tempo que foi o nosso tempo, a maioria dos jovens nem sabiam o que era o mar e eram metidos nos porões de enormes navios e iam pelo mar fora.Muitos deles não sabiam escrever o seu nome e iam...iam...

Francisco Reis Convém lembrar que houve também uma outra guerra menos visível, mas de especial importância para o regime fascista de Salazar e Marcelo Caetano.Refiro-me aos pescadores do bacalhau. Estes tinham que optar entre combater no ultramar,ou 6 anos de pesca de bacalhau.Tenho um irmão que optou pela pesca e embarcou como tantos outros rumo à Gronelândia onde lhes esperava outro exercito tão mortífero como o das balas.É que naqueles tempos a pesca era à linha e em botes!

Lourdes Dos Anjos É verdade Francisco. Sei isso muito bem porque passava férias na Torreira, donde partiam muitos jovens para as"COMPANHAS"do bacalhau. Quantas noivas ficaram por casar...para nada termos ó mar!

Francisco Reis Coisas da ditadura!