As nossas frases estão cheias de picadas
de minas a explodir nos substantivos
por dentro do silêncio há emboscadas
não sabemos sequer se estamos vivos.
Os helicópteros passam nas imagens
a meio de uma vírgula morre alguém
e os jipes destruídos estão nas margens
do papel onde talvez para ninguém
se vão escrevendo estas mensagens.
Manuel Alegre,
in:"Antologia da Memória Poética da Guerra Colonial",
Edições Afrontamento, Porto,2011,
org. Margarida Calafate Ribeiro e Roberto Vecchi
Bom gosto na escolha do poema do Manuel Alegre. Bom poema que trás á memória os tempos da guerra.
ResponderEliminarBjito amigo, meu amigo Roseira.