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"Eu sou uma autêntica bomba abandonada! Temo explodir a qualquer momento..."- Frase de um ex-combatente, anónimo.
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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
A UMA FILHA MORTA
a uma filha morta
ontem a minha dor foi tão grande
como um terramoto
que vertiginosamente correu
para dentro da loucura
foi da espessura da morte...
as árvores podem correr
para mim de braços abertos
as rosas do campo sorrir,
que os lírios choram
por dentro de mim
às portas da sepultura
onde te foram a enterrar
à tua chegada
transformaram-se os céus nocturnos
em nítidos céus
e chama
e calor
e luz
quando tu os abriste
com ígnea chave em tua mão
tão franzina
interrompeu-se o olhar
sobre a terra
que te cobriu
Álvaro Giesta - Angola (Leste), 1971
In: "TRIÂNGULO" - versos de guerra, amor e ódio. (a publicar)
Imagem: sapo.pt
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Obrigado ao "Palavras Vivas", ao "Bombabandonada" e ao Eduardo Roseira por aqui ter colocado este meu poema. Abraço
ResponderEliminarCaro Poeta e Camarada Álvaro,eu é que agradeço a contribuição poética para este NOSSO blog.
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