É dia de festa na minha terra.
Há procissões com anjinhos,
andores
e multidões de pessoas com círios,
barracas de farturas,
repletas de gentes
e foguetes a ribombar.
Em honra do Sr. dos Aflitos.
Há festa na minha terra.
Parece que estou a ver,
pois:
passam procissões de militares,
que são os anjinhos.
Vejo barracas,
com farturas deles lá dentro.
Os andores,
São carros de combate,
As multidões de pessoas,
não levam círios, mas…
armas prontas a disparar.
À frente. A abrir a procissão:
Vai o rebenta minhas.
E o ribombar dos foguetes
é substituído pelos tiroteios.
Os soldados…
são uns senhores muito aflitos.
Há tristeza onde estou!...
E é dia de festa na minha terra.
Enquanto que para mim:
- È esta a festa durante estes dois anos.
Luíz Jorge, “Ferreirinha, Jr.” – 30/Junho/1968
Imagem: sapo.pt
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