Eram tantas, tantas raivas pra matar
Eram tantos, tantos medos pra vencer,
Eram tantas, tantas sombras pra apagar
Eram tantas, tantas dores pra esconder...
Eram tantas, tantas feridas pra sarar
Eram tantas, tantas mágoas pra esquecer
Eram tantas as estradas por rasgar
Eram tantas, as vidas por viver...
E eram tantos os campos por lavrar
Eram tantos os sois para nascer
Eram tantos os filhos por criar
Eram tantos, os poemas por escrever...
Eram tantas as saudades do teu beijo
E tanta a falta do teu ombro forte,
Era tanta a tortura do desejo
De tão varrida a alma a vento norte...
Que então parei; nunca mais fugi!
Sepultei os muitos já caídos
Fiz tratados de paz, sobrevivi
Estendi a mão; uni-me aos já unidos...
Lavrei os campos e reconstruí
Todas as casas que tinham ruído
Olhei o longe, vi futuro e sorri
E a vida, voltou a ter sentido!...
Maria Mamede,
In: "Pelas Letras do Alfabeto"
Imagem: sapo.pt
MUITO BONITO, PARABÉNS MARIA MAMEDE...FORAM AS MARCAS QUE UM TEMPO GRAVOU NA NOSSA ALMA
ResponderEliminarA Eduardo Roseira e Lúcio S. O. Jesus, o meu OBRIGADA. à Lourdes dos Anjos, a minha alegria e o meu apreço pelo seu comentário.
ResponderEliminarBj.
M.M.