do outro lado do esquecimento
há uma memória à espera de acordar
que o fogo a toque
o gume do sofrimento
a fragrância de um lírio
a evocação de um momento
do outro lado do esquecimento
há quem nos espera
na insónia do tempo
para acordar o sangue e o verbo
como se ao dar-se em sacrifício alguém soubesse
que o fim não é um caso encerrado
que a seguir ao fim há um depois
Joaquim Murale
in: retirado com a devida vénia do Jornal "Poetas & Trovadores",
de abril/junho de 2011, com alteração após chamada de atenção
do autor, ao qual da nossa parte pedimos desculpa.
de abril/junho de 2011, com alteração após chamada de atenção
do autor, ao qual da nossa parte pedimos desculpa.
Imagem: sapo.pt
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