A (minha) guerra;
Era a guerra do protocolo,
com desfiles
e charangas estridentes
frente ao Palácio do Governador.
Uma guerra de luvas brancas
cordões entrelaçados
e metais ofuscantes
ao tórrido sol da linha do Equador.
...A minha missão,
tantas vezes incutida
era ser o exemplo
da supremacia caucasiana
em contraste com a símia fealdade
do aborígene povo de cor...
…Serviu-se de mim o regime
como artefacto de propaganda
Para alardear
A superioridade do opressor.
David Barreira
SMO em São Tomé e Príncipe
In: Interioridades, Corpos Editora, 2003
Excelente poema com a mensagem correcta de que os que fizemos o SMO nos recordamos!
ResponderEliminarGrato pelo comentário. É salutar sentir empatia de verdadeiros conhecedores do pesadelo a que fomos forçados. Abraço.
ResponderEliminarComo sempre o que fazes, fazes bem, ás vezes até me custa a crer que és tu que fazes, daí os meus parabéns. Vê lá se tens por aí alguma coisa para eu musicar estilo "Àfrica ai ué"
ResponderEliminarBem haja.