Via e-mail, recebi estes dois testemunhos, de ex-combatentes que solicitaram o anonimato:
Os que viveram o interior da guerra, ficaram com a porta da memória permanentemente aberta.
Memória que é abafada pela imensa revolta, devido ao abandono e ingratidão a que, depois do 25 de Abril de 1974, ex-combatentes de ambos os lados foram votados.
As marcas da guerra continuam cá dentro, porque essas são como as feridas deixadas pelas granadas de fósforo…, podem atenuar, mas nunca fecham!
? - Angola - 1968/1971
A ironia da vida é mesmo puta, durante a guerra NUNCA fugi e tive medo. Depois da guerra, sem medo, fugi.
Esta a triste condição dum ex-combatente e simultaneamente, forçado a ser deslocado (pós-)guerra.
?- dupla qualidade de ex-combatente e "retornado" - Angola - 1970/1973
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