à noite
extenuados
deitamo-nos com sono
ao fim de um dia
de trabalhos
e cansaços...
...mas a meio da noite...
...a meio da noite
em alvoroço
acordamos...
acordamos...
acordamos...
no meio de berros...
dos tiros...
estilhaços...
e gritamos...
gritamos...
gritamos...
este o preço
do medo que um dia
heroicamente evitamos...
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eduardo roseira
Registo o seu regresso a este seu blog, caro Eduardo Roseira, mas não sei se deverei ficar triste ou alegre. O facto de publicar mais um poema aqui pode significar que sentiu a necessidade de voltar a desabafar contra o stress. Se assim for, fico triste. Se não for, fico alegre. Em qualquer dos casos, peço-lhe que continue a labutar em prol da poesia, que cada vez faz mais falta ao mundo. Ela torna-nos homens e não feras.
ResponderEliminarUm grande abraço de um antigo combatente em Angola.
Fernando de Sousa Ribeiro