Adeus mãe, fica com a saudade
Do teu filho que está a partir
Vou para longe, vou para a guerra
Dizem que a pátria vou servir
Até ao meu regresso amigos
Não pedi, sou obrigado a partir
Mandaram-me matar “os inimigos”
Esta obrigação não irei cumprir
Levo-te comigo minha cidade
Talvez um dia, voltarei
Será com muita saudade
Que sempre te recordarei
Vocês todos vão comigo
Por este adentro Além-mar
Levo comigo a esperança
De um dia, poder voltar.
Adeus meu amor
Minha grande paixão
É tão imensa esta dor
De tão forçada separação
(Algures alto-mar, 1965)
António D. Lima
Longo é o tempo,maior o lamento,
ResponderEliminardo Homem contrariado,ter uma arma na mão,
para longe da sua Terra,alimentar uma guerra,
sem passado nem razão,nessa sociedade burra
que apelidava de turra, a cor negra de um Irmão!
Mas hoje se vivo for, será maior sua dor,
de não ter Pátria nem Terra que condene qualquer ladrão, que sentindo-se apalancado nas teias de vil poder,esmaga desmedidamente toda a forma de viver!"Lecasan" 2013
Por incrível que possa parecer/ Não dei este tempo como perdido
ResponderEliminarServiu para aprender e saber/O que as altas patentes diziam com cinismo/Tudo o que é negro é para morrer/Eram as ordens do fascismo/Aprendi a respeitar/ Os que lutavam pela libertação/ assim fiz a minha escolha/ De lutar contra o capitalismo/ e democratizar a minha NAÇÃO. António D. Lima