e
uma missão:
-
matar!...matar!…matar!...
eras
tu, pouco mais que criança…
fintaram-te
a juventude.
roubando-te
a esperança.
algemando
tudo o que era virtude…
uns
anos mais tarde,
porque,
ainda vivo,
com
mais nada para te tirar…
pediram-te
de volta a tua “mulher”..
assim
chamavam à espingarda
que
um dia te deram,
para
com ela tu tudo matares…
homem…mulher…
menina…rapaz…
velho…criança…
…tudo
em nome da “paz”…
aos
outros…já mortos…
chamaram
os pais,
as
viúvas, os meninos órfãos
que
nunca conheceram os seus pais…
a
quem pomposamente
lhes
deram uma medalha…
a
ti, porque, ainda vivo,
deram-te
o nada
acompanhado
do abandono
como
que dizendo:
- vai,
cão sem dono!…
desaparece!...
hoje,
em tempos de… “paz”…
és
ferida que dói…
és
forçado, a de novo, ser herói…
porque,
ainda vivo,
em
constante luta contra o stress.
eduardo roseira